quarta-feira, 17 de setembro de 2008

VIÚVA DE PAULO FREIRE ESCREVE CARTA DE REPÚDIO À REVISTA VEJA

Atualizado em 12 de setembro de 2008 às 10:46 Publicado em 12 de setembro de 2008 às 10:38
por CONCEIÇÃO LEMES

Na edição de 20 de agosto a revista Veja publicou a reportagem O que estão ensinando a ele? De autoria de Monica Weinberg e Camila Pereira, ela foi baseada em pesquisa sobre qualidade do ensino no Brasil. Lá pelas tantas há o seguinte trecho:'Muitos professores brasileiros se encantam com personagens que em classe mereceriam um tratamento mais crítico, como o guerrilheiro argentino Che Guevara, que na pesquisa aparece com 86% de citações positivas, 14% de neutras e zero, nenhum ponto negativo. Ou idolatram personagens arcanos sem contribuição efetiva à civilização ocidental, como o educador Paulo Freire, autor de um método de doutrinação esquerdista disfarçado de alfabetização. Entre os professores ouvidos na pesquisa, Freire goleia o físico teórico alemão Albert Einstein, talvez o maior gênio da história da humanidade. Paulo Freire 29 x 6 Einstein. Só isso já seria evidência suficiente de que se está diante de uma distorção gigantesca das prioridades educacionais dos senhores docentes, de uma deformação no espaço-tempo tão poderosa, que talvez ajude a explicar o fato de eles viverem no passado'.Curiosamente, entre os especialistas consultados está o filósofo Roberto Romano, professor da Unicamp. Ele é o autor de um artigo publicado na Folha, em 1990, cujo título é Ceausescu no Ibirapuera. Sem citar o Paulo Freire, ele fala do Paulo Freire. É uma tática de agredir sem assumir. Na época Paulo, era secretário de Educação da prefeita Luiza Erundina.Diante disso a viúva de Paulo Freire, Nita, escreveu a seguinte carta de repúdio:'Como educadora, historiadora, ex-professora da PUC e da Cátedra Paulo Freire e viúva do maior educador brasileiro PAULO FREIRE -- e um dos maiores de toda a história da humanidade --, quero registrar minha mais profunda indignação e repúdio ao tipo de jornalismo, que, a cada semana a revista VEJA oferece às pessoas ingênuas ou mal intencionadas de nosso país. Não a leio por princípio, mas ouço comentários sobre sua postura danosa através do jornalismo crítico. Não proclama sua opção em favor dos poderosos e endinheirados da direita, mas , camufladamente, age em nome do reacionarismo desta.Esta vem sendo a constante desta revista desde longa data: enodoar pessoas as quais todos nós brasileiros deveríamos nos orgulhar. Paulo, que dedicou seus 75 anos de vida lutando por um Brasil melhor, mais bonito e mais justo, não é o único alvo deles. Nem esta é a primeira vez que o atacam. Quando da morte de meu marido, em 1997, o obituário da revista em questão não lamentou a sua morte, como fizeram todos os outros órgãos da imprensa escrita, falada e televisiva do mundo, apenas reproduziu parte de críticas anteriores a ele feitas.A matéria publicada no n. 2074, de 20/08/08, conta, lamentavelmente com o apoio do filósofo Roberto Romano que escreve sobre ética, certamente em favor da ética do mercado, contra a ética da vida criada por Paulo. Esta não é, aliás, sua primeira investida sobre alguém que é conhecido no mundo por sua conduta ética verdadeiramente humanista.Inadmissivelmente, a matéria é elaborada por duas mulheres, que, certamente para se sentirem e serem parceiras do 'filósofo' e aceitas pelos neoliberais desvirtuam o papel do feminino na sociedade brasileira atual. Com linguagem grosseira, rasteira e irresponsável, elas se filiam à mesma linha de opção política do primeiro, falam em favor da ética do mercado, que tem como premissa miserabilizar os mais pobres e os mais fracos do mundo, embora para desgosto deles, estamos conseguindo, no Brasil, superar esse sonho macabro reacionário.Superação realizada não só pela política federal de extinção da pobreza, mas , sobretudo pelo trabalho de meu marido – na qual esta política de distribuição da renda se baseou - que demonstrou ao mundo que todos e todas somos sujeitos da história e não apenas objeto dela. Nas 12 páginas, nas quais proliferam um civismo às avessas e a má apreensão da realidade, os participantes e as autoras da matéria dão continuidade às práticas autoritárias, fascistas, retrógradas da cata às bruxas dos anos 50 e da ótica de subversão encontrada em todo ato humanista no nefasto período da Ditadura Militar.Para satisfazer parte da elite inescrupulosa e de uma classe média brasileira medíocre que tem a Veja como seu 'Norte' e 'Bíblia', esta matéria revela quase tão somente temerem as idéias de um homem humilde, que conheceu a fome dos nordestinos, e que na sua altivez e dignidade restaurou a esperança no Brasil. Apavorada com o que Paulo plantou, com sacrifício e inteligência, a Veja quer torná-lo insignificante e os e as que a fazem vendendo a sua força de trabalho, pensam que podem a qualquer custo, eliminar do espaço escolar o que há de mais importante na educação das crianças, jovens e adultos: o pensar e a formação da cidadania de todas as pessoas de nosso país, independentemente de sua classe social, etnia, gênero, idade ou religião.Querendo diminuí-lo e ofendê-lo, contraditoriamente a revista Veja nos dá o direito de concluir que os pais, alunos e educadores escutaram a voz de Paulo, a validando e praticando. Portanto, a sociedade brasileira está no caminho certo para a construção da autêntica democracia. Querendo diminuí-lo e ofendê-lo, contraditoriamente a revista Veja nos dá o direito de proclamar que Paulo Freire Vive!São Paulo, 11 de setembro de 2008Ana Maria Araújo Freire'.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Somos o belo sexo.

Não precisamos usar gravata e podemos sentar de pernas cruzadas.
Se resolvermos exercer profissões predominantemente masculinas somos pioneiras - eles, gays...
Nossa inteligência é compatível com a de qualquer homem, e nossa aparência é melhor.
Se matarmos alguém, e provarmos que foi na TPM, é atenuante.
Nosso cérebro dá conta do mesmo serviço com 6 bilhões de neurônios a menos (ou seja,nossos neurônios são mais eficientes).
Somos capazes de prestar atenção em várias coisas ao mesmo tempo.
Sempre sabemos onde estão as meias.
Mulher de presidente é primeira-dama; marido de presidenta é um zero à esquerda,mesmo que seja da direita.
Se casarmos com o herdeiro do trono, seremos rainhas; se um homem casa com a herdeira do trono, será o marido da rainha.
Se somos traídas, somos vítimas; se traímos, eles são cornos.
Somos a estrela no casamento. Somos nós que somos carregadas na noite de núpcias.
Somos nós que decidimos quanto à reprodução.
Sentimos o bebê mexendo.
Amamentamos.
As crianças sempre dizem mamãe primeiro.
Sempre estamos presentes no nascimento dos filhos.S
empre sabemos que o filho é nosso.
Temos 4 meses de licença maternidade.
Exame ginecológico é mais agradável que exame de próstata.
Alguém já ouviu falar em MUSO inspirador?
Não pagamos a conta. No máximo rachamos.
Não precisamos abrir potes de conserva, nem trocar lâmpadas.
Vivemos mais.Somos mais resistentes a dor e a infecções.
Temos menos problemas cardíacos.Suamos menos.
Podemos dormir com uma amiga sem sermos chamadas de lésbicas.
Temos prioridades em botes salva-vidas.
Não investigamos barulhos suspeitos à noite.
Todo homem já apanhou de uma mulher, nem que tenha sido da mãe.
Somos mais sensíveis.
Mulheres que moram sós comem melhor.
Temos um Dia Internacional.
E, por último, fazemos tudo que um homem faz!
SOMOS MESMO MARAVILHOSAS..Sem sombra de dúvidas.

Jerônima Mesquita

No dia 30 de abril é a data de nascimento de Jerônima Mesquita, líder feminista que lutou pelos direitos da mulher no início do século 20. Mineira de Leopoldina, Jerônima nasceu em 1880. Estudou na Europa e, ao retornar ao Brasil, uniu-se a um grupo de mulheres que reivindicava o direito feminino ao voto. Em homenagem a ela, morta em 1972 no Rio de Janeiro, um grupo de feministas trabalhou para que sua data de nascimento se tornasse o dia em homenagem à mulher. A lei foi sancionada pelo então presidente João Figueiredo.

LYDIA DA SILVA GONÇALVES

Até os 65 anos de idade mal sabia assinar o nome (ANALFABETA).Hoje, com 71 anos de idade lança seu 1º livro "A FELICIDADE ESTÁÀ SUA ESPERA".

UM POEMA SEU:"Rompe-se a corrente Onde eu de tristeza cantava Como um pássaro presoSem poder usar as próprias asasAbre-se a cortina do entendimentoO sol brilha no azul do céuMeus olhos revelam minha liberdade Um interminável descobrimentoDe novo mundo de inédita belezaAgora sei a verdade de mim mesma e sou feliz..."*

Atualmente cursa a Universidade Aberta da Melhor IdadeFACULDADE DE ITANHAÉM (FAITA) - no litoral paulista- LEITURA DO JORNAL A TRIBUNA, de 23/9/2007

HOMENAGEM A IRENA SENDLER

"A MÃE DOS MENINOS DO HOLOCAUSTO"IRENA é uma heroína desconhecida fora da Polônia.Saibam que salvou a vida de 2500 crianças que vi-viam em condições péssimas em gueto nazista.Foi torturada (quebraram-lhe pernas e pés)Era enfermeira quando a Alemanha invadiu o país (1939);hoje é anciã (98 anos - nascida em FEV/1910) e vive em Asilo no centro de Varsóvia.Leiam mais sobre essa MULHER EXTRAORDINÁRIA.Será apresentada ao Comitê do Nobel, como candidataao PRÊMIO NOBEL DA PAZ. Suas palavras:"Não se plantam sementes de comida.Plantam-se sementes de bondade."Tratem de fazer um círculo de bondade

CRIATIVIDADE


Era uma vez um menininho bastante pequeno que contrastava com a
escola bastante grande. Uma manhã a professora disse:
- Hoje nós iremos fazer um desenho.
"Que bom!" - pensou o menininho. Ele gostava de desenhar leões,
tigres, galinhas, vacas, trens e barcos...
Pegou a sua caixa de lápis-de-cor e começou a desenhar.
A professora então disse:
- Esperem, ainda não é hora de começar! -
Ela esperou até que todos estivessem prontos.
- Agora, disse a professora, nós iremos desenhar flores.
E o menininho começou a desenhar bonitas flores com seus lápis
rosa, laranja e azul. A professora disse:
- Esperem! Vou mostrar como fazer.
E a flor era vermelha com caule verde.
- Assim, disse a professora, agora vocês podem começar.
O menininho olhou para a flor da professora, então olhou para a
sua flor. Gostou mais da sua flor, mas não podia dizer isso...
virou o papel e desenhou uma flor igual a da professora.
Era vermelha com caule verde.
Num outro dia, quando o menininho estava em aula ao ar livre,
a professora disse:
- Hoje nós iremos fazer alguma coisa com o barro.
"Que bom!"- pensou o menininho.
Ele gostava de trabalhar com barro.
Podia fazer com ele todos os tipos de coisas: elefantes, camundongos,
carros e caminhões. Começou a juntar e amassar a sua bola de barro.
Então, a professora disse:
- Esperem! Não é hora de começar!
Ela esperou até que todos estivessem prontos.
- Agora, disse a professora, nós iremos fazer um prato.
"Que bom!" - pensou o menininho.
Ele gostava de fazer pratos de todas as formas e tamanhos.
A professora disse:
- Esperem! Vou mostrar como se faz. Assim, agora vocês podem começar.
E o prato era um prato fundo.
O menininho olhou para o prato da professora, olhou para o próprio
prato e gostou mais do seu, mas ele não podia dizer isso. Amassou
seu barro numa grande bola novamente e fez um prato fundo, igual ao
da professora.
E muito cedo o menininho aprendeu a esperar e a olhar e a fazer as
coisas exatamente como a professora. E muito cedo ele não fazia
mais coisas por si próprio.
Então aconteceu que o menininho teve que mudar de escola.
Essa escola era ainda maior que a primeira.
Um dia a professora disse:
- Hoje nós vamos fazer um desenho.
"Que bom!"- pensou o menininho e esperou que a professora dissesse
o que fazer. Ela não disse. Apenas andava pela sala. Quando veio até
o menininho e disse:
- Você não quer desenhar?
- Sim, e o que é que nós vamos fazer?
- Eu não sei, até que você o faça.
- Como eu posso fazê-lo?
- Da maneira que você gostar.
- E de que cor?
- Se todo mundo fizer o mesmo desenho e usar as mesmas cores, como eu
posso saber o desenho de cada um?
- Eu não sei...
E então o menininho começou a desenhar uma
flor vermelha com o caule verde...

Helen Buckley

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

A profissionalização e saberes docentes


Mariselma Bonfim

Educação digna e de qualidade para todos é direito apenas proclamado, mas não são fatos concretos. Mas esse contexto que tirar da população o que é seu por direito, não pode tirar a nossa capacidade de lutar e ter esperança de aprender com as lutas do passado, de apostar nas mudanças. Atuar com crianças, jovens e adultos segundo (KRAMER, 2001, p.122) exige garantia e respeito à diversidade cultural, étnica, religiosa, combatendo a desigualdade social.
Focalizando apenas o Brasil, percebemos facilmente que a identidade do professor mudou, passando das figuras da normalista cheia de ideal ou do educador que trabalha por vocação, como se fosse um “sacerdote”, para as do técnico em ensino e do trabalhador da educação. No momento presente coloca-se a noção do professor profissional da educação que, ao formar-se, forma também a escola e produz a profissão docente (NÓVOA, 1991).
Considerando a importância das interações sociais e do contexto político e social para a formação do professor, podemos dizer que é importante prever tempos e espaços curriculares, tanto na formação inicial quanto na continuada, para que ele – profissional em formação – possa refletir criticamente sobre diferentes aspectos de sua prática pedagógica, em que seu trabalho “dialoga” com diversos interlocutores: a própria sociedade (famílias dos alunos), o sistema de ensino (MEC, Secretarias de Educação), a categoria docente (cujo campo de trabalho é a escola), a instituição escolar (em que vivencia relações hierárquicas vinculadas aos papéis institucionais), a escola em funcionamento (em cuja organização trabalha com seus pares) e a sala de aula (em que interage com os alunos). Esse conjunto de relações, que se mesclam e se conformam mutuamente, resultam na dinâmica do processo de formação da identidade do professor como um profissional.
Com base na abordagem sintetizada nos parágrafos precedentes e nas responsabilidades hoje atribuídas ao profissional da educação, podemos distinguir em sua identidade três dimensões inseparáveis, pois ele é simultaneamente: um especialista que domina um instrumental próprio de trabalho e sabe fazer uso dele; um pensador capaz de repensar criticamente sua prática e as representações sociais sobre seu campo de atuação; um cidadão que faz parte de uma sociedade e de uma comunidade.

Já na década de 60 o autor Anísio Teixeira já demonstrava uma inquietação quanto à formação dos futuros educadores. Num tom meio profético, antevê desafios cada vez mais cruciais a partir do seu tempo, quando se inicia o vertiginoso alastramento mundial dos meios de comunicação, da propaganda, do consumismo, do entretenimento. Expressando uma preocupação hoje muito generalizada, porém pouco concretizada em investimentos diretos na formação do professor. Essa preocupação pode ser explicitada assim:
“A educação para todos não pode ficar alheia à revolução das ciências e dos meios de comunicação de massa; a formação dos mestres de amanhã precisaria romper com a preamar do tradicional, engajando-se no enfrentamento dos desvios da cultura tecnológica e consumista e na apropriação do pensamento científico e dos meios de comunicação, de modo a dominá-los e a servir-se deles, assegurando a todos a educação capaz de enriquecer a vida no planeta”. (TEIXEIRA, 1963 p.1).

Pensar na formação profissional nesse novo tempo exige compreender qual a participação social que o sujeito tem como cidadão e isso remete, inevitavelmente, ao conceito de cidadania, que por sua vez só pode ser concebido sob a luz da historicidade à qual se encontra enlaçado. Vê-se, pois, que o conceito de cidadania, ainda que guarde um núcleo geral (a idéia de participação ativa do individuo na realidade social da qual faz parte), guarda também especificidades que emergem do momento histórico ímpar a que se encontra vinculado.
Para Tardif (1991), é necessário que, nos tempos atuais, a formação profissional se baseie em uma nova epistemologia, a “epistemologia da prática”, que ele define como “o estudo do conjunto de saberes utilizados realmente pelos professores, em seu espaço de trabalho cotidiano, para o desempenho de todas as suas tarefas”. Segundo Nóvoa (1991), a formação do professor, de acordo com a “epistemologia da prática”, contribuiria para dar novo significado também à escola e à profissão docente.

A idéia de uma “epistemologia da prática” resulta de transformações na ciência contemporânea relacionadas ao desenvolvimento da microfísica, conforme Santos (1997) e do pensamento de autores como Kuhn (1962), Foucault (1971) e Canguillen (apud Machado, 1981), que criam novos objetos epistemológicos – o cotidiano, os jogos de linguagem e a prática, entre outros – e demonstram a historicidade do conhecimento (Tardif 1991). Assim, a prática passa de campo de aplicação à campo de produção do conhecimento, conferindo-se legitimidade aos saberes práticos.
Nesse contexto, torna-se necessário admitir que a formação inicial, por mais indispensável que seja e por melhor qualidade que tenha, é intrinsecamente inacabada. Vê-se, pois, que as concepções de atualização e reciclagem não se confundem com a de formação continuada. Embora esta última possa valer-se também daquelas, possui uma dimensão relacionada à complementação da formação inicial e a reelaboração teórico-crítica da prática cotidiana, ao longo de toda a carreira profissional.


REFERÊNCIAS

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofia da Educação / Maria Lúcia de Arruda Aranha. 2. ed. rev. e ampl.- São Paulo. Moderna, 1996.
KRAMER, Sonia (coord.). Com a pré-escola nas mãos. Uma alternativa curricular para a educação infantil. São Paulo: Ática, 1991.
LEI FEDERAL Nº 9.394/96 – Lei de diretrizes e bases da educação nacional - LDBEN
NÓVOA, Antônio. Concepções e práticas de formação contínua de professores. In: NÓVOA, A. Formação Contínua de Professores: Realidades e Perspectivas. Aveiro: Universidade de Aveiro, 1991.
______________. O Passado e o Presente dos Professores. In: NÓVOA, A. (org.). Profissão Professor. 2. ed. Porto: Porto Editora, 1995.
______________ . In: CANÁRIO, Rui. Educação de Adultos: um campo e uma problemática Prefácio. Lisboa: EDUCA, 1999, p.3-8. (EDUCA - Formação, 7).
PERRENOUD, Fhilippe. Dez novas competências para ensinar.Trad. Patrícia Chittoni Ramos. Porto Alegre : Artes Médicas, 2000.
PERRENOUD, Philippe. (org.) Formando professores profissionais: Quais estratégias? Quais competências? Porto Alegre: Artes Médicas, 2001.
TARDIF, Maurice; LESSARD, Claude; LAHAYE, Louise. Os professores face ao saber – esboço de uma problemática do saber docente. Teoria & Educação. n.4, p.215-233,1991.
TEIXEIRA, Anísio. Mestres de amanhã. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos Rio de Janeiro, v.40, nº 92, out/dez. 1963.




sexta-feira, 12 de setembro de 2008



Um processo de criação construtivista
“Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver no
Universo. Por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer.
Porque sou do tamanho do que vejo e não do tamanho da minha altura...”
Fernando Pessoa

É difícil se caminhar por caminho desconhecido, na sombra, temos que dar um passo atrás do outro até chegar aonde queremos. Foi esse meu sentimento (cegueira do desconhecido), quando recebi a posposta de criar um blog. A palavra não era desconhecida para mim já que sempre recebo convites para fazer visitas e postagem de colegas e amigos, mas sua utilização sim, pois muitas vezes só valorizamos algo quando necessitamos dele e, é o que o blog significa hoje para mim uma necessidade. Numa primeira análise direi que sua construção se deu como se ainda estivesse no meu primeiro estagio de aprendizagem, tudo era garatuja, algo em sentido, mas que tinha um fundamento. Quando vir que para sair daquele estagio tinha que fazer algo, fui buscar ajuda e essa veio das fontes mais preparadas no momento, meus alunos. O que para mim era novidade, para eles era rotineiro. Eles foram me indicando passo a passo como eu deveria agir até que conseguir criar um blog que ficasse a minha cara.
Acatando o processo de mediação do grupo foi fazendo investigações e pude apreciar o desenvolvimento visível do meu blog. Durante esse processo percebi que na era da informação e da comunicação tecnológica de computação, onde o mundo globalizado se atualiza a cada segundo, o diferencial do homem será a sua capacidade de aprender, de ser flexível, de cooperar e de ser criador diante de novas situações que aparece no seu dia-a dia.
A Educação está hoje diretamente ligada as novas Tecnologias. A internet vem como ferramenta metodológica e estratégia para o ensinar e o aprender, para debater sobre o novo perfill do educando e do educador na educação. Apesar de reconhecer blog como uma potencialidade para a educação, percebo que a maior parte dos educadores ignorar as possibilidade que ela nos traz nas áreas de comunicação, informação e descobertas para o processos de ensino-aprendizagem . A internet é um fantástico instrumento na ação formativa se configurando em um recurso pedagógico à disposição do educador em seu cotidiano educacional na comporâneidade.
O blog também amplia a possibilidade de um diálogo mais autêntico e profundo do educando com outras formas de saber, servem também como um espaço de registro dos conhecimentos adquiridos durante o processo de aprendizagem. Segundo Freire (1996), “ ensinar é criar possibilidades para produzir ou construir conhecimentos” Freire continua dizendo que “ensinar exige curiosidade” O educador é capaz de oportunizar a aprendizagem criando um ambiente favorável onde seja permitido a interação com a realidade, buscando novos horizontes e novas possibilidades através de uma ação concreta sobre o conhecimento a ser adquirido por ele, pelo educando e pelo mundo tendo em vista que ele também faz parte deste novo processo.

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MARISELMA BONFIM



fonte:
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. São Paulo: Paz e Terra, 1996.